domingo, 24 de janeiro de 2016

Nova estratégia pode ajudar os cientistas a encontrar vida extraterrestre inteligente

A confirmação de vida além da Terra poderá simplesmente ser o ‘cálice sagrado’ da ciência. E embora os cientistas ainda tenham que encontrar evidência de ETs, ou colônias de bactérias, os astrônomos continuam a procurar pelos elusivos sinais vida.

Agora, um novo estudo sugere que uma nova estratégia poderá ajudá-los a encontrar vida inteligente extraterrestre. Esta nova abordagem pelo Instituto SETI (Procura por Vida Extraterrestre Inteligente) seria a de monitorar as regiões de estrelas próximas à procura de aparelhos de comunicação.

O método utilizado pelo SETI hoje é através do uso de gigantescas antenas parabólicas de rádio para rastrear as estrela, escutando por possíveis sinais fracos vindos de civilizações distantes.

Apesar do SETI estar trabalhando desde 1959, ele alega não ter encontrado nenhum sinal relevante ainda. Mas isso não significa que estamos sós, ou que deveríamos parar de procurar.

Mesmo sem a confirmação de um sinal extraterrestre, a maioria dos astrônomos concordariam que as recentes descobertas têm fortemente reforçado a hipótese de que a vida extraterrestre possa ser abundante no universo. Com a ajuda do Telescópio Espacial Kepler, aprendemos que os planetas são abundantes por todo o universo. Com a maioria das estrelas abrigando pelo menos um planeta, é concebível que alguns planetas tenham as condições certas para a vida.

Então, por que [alegadamente] ainda não detectamos vida inteligente lá fora? Por que deste Paradoxo de Fermi – que é a aparente contradição entre a alta probabilidade da existência de civilizações extraterrestres e a falta de contato com tais civilizações?

Uma hipótese para explicar este famoso paradoxo é que sonda auto replicadoras poderiam tem explorado toda a galáxia, inclusive o nosso sistema solar, mas não fomos ainda detectados. Apesar de nossa civilização tecnológica ter menos do de duzentos anos, e termos enviado sondas robóticas a um grande número de corpos celestes em nosso sistema solar e além, nossa sonda que foi mais longe, o Voyager 1, só alcançou o espaço interestelar recentemente.

Um novo documento, pelo Dr. Michael Gillon da Universidade de Liege, na Bélgica, propõem que as sondas de sistemas estelares vizinhos poderiam usar as estrelas que elas orbitam como lentes gravitacionais para se comunicarem entre si de forma eficiente.

A coordenação das sondas para explorarem a galáxia seria muito ineficiente, ao menos que elas tivessem a habilidade de diretamente se comunicarem entre si. A vastidão e a estrutura da Via Láctea torna isso impossível. Quando o sinal alcançar uma estrela muito distante, ele já estará altamente diluído.

Porém, qualquer estrela é massiva o suficiente para dobrar e amplificar a luz. Este processo, conhecido como lente gravitacional, é extremamente poderoso. “Isto significa que o Sol (e qualquer outra estrela) é uma antena muito mais poderosa do que qualquer outra que podemos construir“, disse o Dr. Gillon.

Baseado neste método, aparelhos de comunicação interestelar existiriam por toda a linha interestelar que conecta uma estrela à outra. Sabemos agora exatamente onde procurar, e até mesmo para onde enviar mensagens.

Apesar de não podermos atualmente enviar sondas para as estrelas próximas dentro de um período de tempo razoável, nada exclui isto como um projeto futuro alcançável. E assim, com as sondas auto replicáveis, uma sonda enviada a um sistema planetário próximo iria minerar por matéria prima para criar uma réplica de si mesma, que iria se dirigir a outros sistemas próximos, continuando a replicação ao longo do caminho.

“Ainda estamos muito longe de sermos capazes de construir uma espaçonave interestelar auto replicadora real, mas isto ocorre somente porque a nossa tecnologia não é madura o suficiente, e não devido à uma limitação física óbvia“, disse Gillon.

Poderia esta nova ideia fornecer uma nova missão para o SETI?

“Um resultado negativo não nos diria muito“, explicou o Dr. Gillon. “Mas um resultado positivo representaria uma das mais importantes descobertas de todos os tempos“.

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