terça-feira, 20 de setembro de 2016

Universidade do Chile irá ministrar cursos sobre a vida extraterrestre


As classes começarão no dia 2 deste mês, e abordarão temas como a formação estelar e planetária, a evolução dinâmica e importância biológica, o Sistema Solar e o contexto e vida extraterrestres.

A análise do Sistema Solar e os principais esforços científicos para achar a vida fora de nosso planeta serão parte de uma oficina de quatro classes que ministrará a Universidade de Chile, no Observatório Astronômico Nacional, a partir de 28 de setembro (2016).

“O surgimento e evolução da vida na Terra foi um processo que requereu condições muito particulares. O desenvolvimento da tecnologia e a aparição dos grandes observatórios nos lembram todos os dias de que podemos não estar sós. O que está fazendo a humanidade quanto a este respeito? Onde acreditamos que possa haver vida? Estes serão alguns dos tópicos que discutiremos aqui”, indicou César Fuentes, astrônomo FCFM U. de Chile, e Ph.D em Astrofísica da Universidade de Harvard.

“Quando falamos de vida extraterrestre não estamos pensando nas criaturas alienígenas de Hollywood; estamos pensando em organismos multicelulares mais elementares. Inclusive, poderiam ser mais complexos, porém não necessariamente parecidos com os humanos. Além disso, está nas nossas veias tratar de povoar planetas como Marte. Disso também falaremos”, concluiu José Maza, também acadêmico da Universidade do Chile e investigador do Centro e Astrofísica CATA.



E quanto aos acadêmicos que ministrarão o curso, a Universidade do Chile disse que as classes serão ministradas por César Fuentes, Ph.D em astrofísica da Universidade de Harvard e acadêmico do Departamento de Astronomia FCFM U. do Chile, e José Maza, Ph.D em Astronomia da Universidade de Toronto, acadêmico do Departamento de Astronomia FCFM U. do Chile e retentor do Prêmio Nacional de Ciências Exatas 1999.

As datas das classes são as seguintes:

Quarta-feira, 28 de setembro: Formação estelar e planetária

Quarta-feira, 5 de outubro: Evolução dinâmica e importância biológica

Quarta-feira, 12 de outubro: O Sistema Solar hoje

Quarta-feira, 19 de outubro: Contexto e vida extraterrestre

As classes terão início às 19h00, e concluirão às 22h00, e o valor do curso é de 50 mil pesos (chilenos) por pessoa. As oficinas serão realizada no auditório principal do Observatório Astronômico Nacional, situado na Rua Camino del Obsevatorio, 1515, Las Condes.

O processo de matrícula inicia com o envio de um e-mail ao endereço comunicaciones@das.uchile.cl .

Para mais informações, acesse o link: http://www.cata.cl

Interessante ver que cada vez mais os cientistas estão abordando o assunto ‘vida extraterrestre’. Praticamente todos eles, como pouquíssimas exceções, já compreendem que há vida, seja qual forma for, fora do nosso planeta.

Plutão está emitindo raio-X e ninguém sabe porque

Plutão tem frequentemente estado nas notícias nos últimos anos, já que está sendo reclassificado como um planeta anão. Há alguma especulação de que oceanos líquidos podem ser encontrados em Plutão, e que este planetoide tem sido observado interagindo de forma estranha com os ventos solares. Há somente um mês, uma nova descoberta sobre Plutão colocou a comunidade astronômica para pensar sobre este distante pequeno mundo.

De acordo com uma liberação de imprensa do Laboratório Johns Hopkins de Física Aplicada, utilizando dados do Observatório de raio-X Chandra, da NASA, astrônomos detectaram emissões significativas de raio-X saindo de Plutão. Os raios-X foram detectados pela sonda New Horizons da NASA, durante quatro voos aproximados, feitos de 2014 1 2015.


Os dados dos pesquisadores foram publicados no periódico astronômico Icarus. De acordo com as descobertas do autor, os raios-X provavelmente não são o resultado de radiação atmosférica, e assim devem estar originando do próprio Plutão:
“Eliminamos os efeitos das auroras como sendo fontes, pois Plutão não possui nenhum campo magnético e o espectrômetro de UV Alica, da sonda New Horizons, não detectou nenhum brilho no ar em Plutão.”

Até agora os astrônomos foram incapazes de determinar o que poderia estar causando as misteriosas emissões de raio-X, mas a interação entre a atmosfera de Plutão e os ventos solares pode ser uma explicação plausível.

De acordo com Scott Wolk, do Centro para a Astrofísica Harvard-Smithsoniano, co-autor da pesquisa, esta teoria colocou os astrônomos para repensar muito do conhecimento atual sobre objetos na longínqua parte externa do sistema solar, pois anteriormente era desconhecido que tais corpos distantes poderiam emitir raios-X:

“Antes de nossas observações, cientistas pensavam que era muito improvável que detectaríamos raios-X de Plutão, o que causou um forte debate se Chandra estava realmente observando isto. Antes de Plutão, o corpo mais distante do sistema solar com emissões detectadas de raio-X eram os anéis e o disco de Saturno.”

Esta descoberta complica as teorias atuas sobre a radiação de fundo de raio-X descobertas pelo Universo. Pensava-se anteriormente que os raios-X de fundo fosse algo intrínseco do Universo conhecido, mas esta descoberta fez com que os astrônomos teorizassem que a radiação de raio-X poderia ser o resultado de interações entre forças e objetos no espaço. Antes que quaisquer conclusões possam ser tiradas, os cientistas terão que fazer uma varredura nos dados que a sonda New Horizons continuará a agregar dos objetos do Cinturão de Kuiper, como Plutão, até 2019.