quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Astrônomos observam buracos negros produzindo combustível frio



O cluster Phoenix é um enorme acúmulo de cerca de 1.000 galáxias, localizado a 5,7 bilhões de anos-luz da Terra. Em seu centro está uma enorme galáxia, que parece estar cuspindo estrelas a uma taxa de cerca de 1.000 por ano. A maioria das outras galáxias do universo são muito menos produtivas, produzindo apenas algumas estrelas a cada ano, e os cientistas se perguntaram o que alimentou a saída estelar extrema do cluster Phoenix.

Agora cientistas do MIT, da Universidade de Cambridge, e em outros lugares podem ter uma resposta. Em um artigo publicado hoje no Astrophysical Journal, a equipe relata a observação de jatos de gás quente de 10 milhões de graus explodindo do buraco negro da galáxia central e soprando grandes bolhas no plasma circundante.

Estes jatos normalmente agem para extinguir a formação estelar por soprar o gás frio - o principal combustível que uma galáxia consome para gerar estrelas. No entanto, os pesquisadores descobriram que os jatos quentes e bolhas emanando do centro do cluster Phoenix também podem ter o efeito oposto de produzir gás frio, que, por sua vez, chova de volta para a galáxia, alimentando starbursts mais. Isso sugere que o buraco negro encontrou uma maneira de reciclar parte de seu gás quente como combustível frio, que produz estrelas.

"Nós pensamos que o papel dos buracos negros e bolhas foi para regular a formação de estrelas e para manter o resfriamento de acontecer", diz Michael McDonald, professor assistente de física no Mav Kavli Instituto de Astrofísica e Pesquisa Espacial. "Nós meio que pensávamos que eles eram pôneis de um truque, mas agora vemos que eles podem realmente ajudar o resfriamento, e não é uma imagem tão cortada e seca."

As novas descobertas ajudam a explicar o excepcional poder de produção de estrelas do cluster Phoenix. Podem também fornecer a introspecção nova em como os buracos negros supermassive e suas galáxias do anfitrião crescem e evoluem mutuamente.

Os co-autores de McDonald incluem a autora principal Helen Russell, astrônomo da Universidade de Cambridge; E outros da universidade de Waterloo, do centro de Harvard-Smithsonian para a astrofísica, da universidade de Illinois, e em outra parte.

                                              Jatos quentes, filamentos frios


A equipe analisou as observações do cluster Phoenix reunido pelo Atacama Large Millimeter Array (ALMA), uma coleção de 66 grandes radiotelescópios espalhados pelo deserto do norte do Chile. Em 2015, o grupo obteve permissão para dirigir os telescópios no cluster Phoenix para medir suas emissões de rádio e para detectar e mapear sinais de gás frio.

Os pesquisadores analisaram os dados de sinais de monóxido de carbono, um gás que está presente onde quer que haja gás de hidrogênio frio. Eles então converteram as emissões de monóxido de carbono em gás hidrogênio, para gerar um mapa de gás frio perto do centro do cluster Phoenix. O quadro resultante foi uma surpresa enigmática.

"Você esperaria ver um nó de gás frio no centro, onde a formação de estrelas acontece", diz McDonald. "Mas vimos esses filamentos gigantes de gás frio que se estendem 20.000 anos-luz do buraco negro central, além da própria galáxia central. É meio bonito de se ver.

A equipe já havia usado o Observatório de Raio X Chandra da NASA para mapear o gás quente do cluster. Essas observações produziram uma imagem em que poderosos jatos voaram para fora do buraco negro perto da velocidade da luz. Mais adiante, os pesquisadores viram que os jatos inflado bolhas gigantes no gás quente.

Quando a equipe sobrepôs sua imagem do gás frio do cluster de Phoenix sobre o mapa do gás quente, eles encontraram uma "correspondência espacial perfeita": Os longos filamentos de gás gelado de 10 kelvins pareciam estar envoltos nas bolhas de gás quente.

"Esta pode ser a melhor imagem que temos de buracos negros que influenciam o gás frio", diz McDonald.

                                                         Alimentando o buraco negro

O que os pesquisadores acreditam estar acontecendo é que, à medida que o jato infla bolhas de gás quente de 10 milhões de graus perto do buraco negro, eles arrastam atrás deles uma esteira de gás um pouco mais frio, de 1 milhão de graus. As bolhas eventualmente se destacam dos jatos e flutuam mais para dentro do aglomerado de galáxias, onde a fuga de gás de cada bolha esfria, formando longos filamentos de gás extremamente frio que se condensam e regressam ao buraco negro como combustível para a formação estelar.

"É uma idéia muito nova que as bolhas e jatos podem realmente influenciar a distribuição de gás frio de qualquer maneira", diz McDonald.

Os cientistas estimaram que há bastante gás frio perto do centro do grupo de Phoenix para manter produzindo estrelas em uma taxa elevada por outros 30 a 40 milhão anos. Agora que os pesquisadores identificaram um novo mecanismo de feedback que pode fornecer o buraco negro com gás ainda mais frio, a saída estelar do cluster pode continuar por muito mais tempo.

"Contanto que houver gás frio alimentando isto, o buraco negro manterá eructar para fora estes jatos," McDonald diz. "Mas agora nós encontramos que estes jatos estão fazendo mais alimento, ou gás frio. Então você está neste ciclo que, em teoria, poderia continuar por muito tempo. "

Ele suspeita que a razão pela qual o buraco negro é capaz de gerar combustível para si mesmo pode ter algo a ver com o seu tamanho. Se o buraco negro é relativamente pequeno, ele pode produzir jatos que são muito fracos para exaustar completamente o gás frio do cluster.

"Agora [o buraco negro] pode ser muito pequeno, e seria como colocar um civil no ringue com Mike Tyson", diz McDonald. "Não é apenas a tarefa de soprar esse gás frio o suficiente para que ele nunca volte."

A equipe está esperando para determinar a massa do buraco negro, bem como identificar outros starmakers, similarmente extremas no universo.

Vacina contra cocaína criada por brasileiros também promete eliminar vício em crack



Cientistas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveram vacina contra o vício em cocaína. A droga ainda está na fase de testes em animais, mas promete acabar com a dependência química do crack também.

Um dos estímulos para a produção da substância é a quantidade de pessoas que consomem cocaína no Brasil, principalmente em Belo Horizonte. Estima-se que sejam cerca de mais de 2 milhões de usuários no país (em torno de 1,75% da população adulta), e 29 mil só na capital mineira. Enquanto no mundo, a média é de 0,4% dos adultos (aproximadamente 19 milhões), de acordo com dados do Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (ONU).


Vacina para dependentes químicos


A vacina consiste em uma molécula que estimula a produção de anticorpos contra a cocaína no sistema imunológico. Eles capturam a substância antes de chegar ao cérebro, modificam sua forma e reduzem os efeitos, como a sensação de euforia que vem com a liberação da dopamina, responsável pelo prazer. Sem isso, a vontade de consumir a droga vai diminuindo.


Em um primeiro momento, ela vai ser utilizada na prevenção do abuso de cocaína por crianças e adolescentes e na luta também contra o crack, explica um dos responsáveis pela pesquisa, o professor Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da UFMG.

Uma vacina com o mesmo propósito já estava sendo produzida pela Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, nos Estados Unidos, desde 1996. Feita com a própria cocaína e outras substâncias, mas diferente da brasileira, ela já está em fase de teste em humanos e não mostrou efeitos colaterais, apesar de ter apresentado uma duração limitada.

Descoberto minério que converte luz solar, calor e movimento em eletricidade

Cientistas encontraram um material com propriedades para extrair energia de várias fontes ao mesmo tempo


As energia renováveis podem ganhar uma nova fonte. Cientistas da Universidade de Oulu, na Finlândia, acabam de descobrir um mineral que é capaz de transformar luz solar, calor e energia cinética em eletricidade. E o mais impressionante: tudo ao mesmo tempo.

O material é um tipo de cristal, chamado de KBNNO, que pode ser um modo alternativo de carregar aparelhos eletrônicos, como celulares e laptops, e outros apetrechos high-tech – já que ele não teria energia o suficiente para abastecer uma casa inteira.

O elemento faz parte da família perovskita – minerais raros que são capazes de produzir energia a partir de algumas fontes: raios solares, temperatura e movimento. Esta é a primeira vez que os pesquisadores conseguem identificar um material que possa converter as três fontes simultaneamente.

De acordo com o estudo, publicado no jornal Applied Physics Letters, o KBNNO é um material ferroelétrico com moléculas polares, que funcionam como as agulhas de uma bússola. Quando são estimuladas por algum fator físico, como a mudança de temperatura, por exemplo, elas acabam se desalinhando – o que desencadeia uma corrente elétrica.

O único empecilho dessa nova descoberta seria a eficácia da produção de energia, que é menor em comparação com os perovskitas especializados, como a de células solares – que já são usadas em tecnologias de captação de luz. Mais baratas, já bateram o recorde de eficiência, passando de 3,8% de conversão de eletricidade em 2009, para 25,5% em 2016. Mas, enfrentam um problema natural: e quando não há luz do Sol?

E é aí que entra o KBNNO. O grupo de pesquisadores estão otimistas e acreditam que é possível aumentar o nível de eficiência com ajustes na composição do material. A expectativa é que o mineral já esteja pronto para ser comercializado em 2018.

Mulher é atacada, moradores falam em ‘lobisomem’ e PM faz buscas


Polícia registrou boletim de ocorrência das buscas “sem êxito”.
Caso aconteceu em Iguatemi (MS); moradores vão à ‘caça’ novamente.Suposto ataque por um animal de grande porte e peludo e afirmações de aparição de lobisomem movimentam a pequena Iguatemi, a 451 quilômetros de Campo Grande. A Polícia Militar (PM) foi chamada, fez buscas e registrou boletim de ocorrência do atendimento ao ‘corpo estranho’ na madrugada desta terça-feira (21). Moradores afirmam que vão fazer novas buscas na noite desta terça-feira.

A professora Regina de Abreu, de 55 anos, contou que estava indo à casa de uma filha pouco antes da meia-noite quando, ao passar por um matagal no bairro Waloszek Konrad, um bicho horrível com cabeça grande e focinho muito comprido avançou sobre o carro e tentou morder o braço dela. O esposo, que estava ao lado dela, disse que não viu nada.


O casal parou o carro e em seguida foi abordado por uma moradora que afirma ter visto um animal muito estranho, semelhante a um lobisomem tentando atacar as pessoas que estavam no veículo e em seguida o bicho teria fugido pelo mato.

Na sequência, cerca de 30 moradores do bairro, que afirmam ter visto o lobisomem em outras ocasiões, se reuniram e foram em busca do bicho com paus e foices nas mãos. A Polícia Militar contou ao G1 que relatos parecidos são comuns no município, porém, essa é a primeira vez que os moradores pediram a ajuda aos policiais.

“Eu vi aquele nariz comprido, o focinho enorme, um bicho muito horrível e feroz, que quase me mordeu, sorte que recolhi o braço muito rápido. Eu penso que era algum bicho, mas as pessoas acreditam que era lobisomem. Eu tenho medo porque meus netos sempre passam por ali e vão para escola à noite, mas eu tenho fé em Deus que não vai acontecer nada” declarou Regina.

A filha da professora relatou que parentes e amigos pediram a ajuda da polícia porque têm certeza que se trata de um lobisomem e por isso vão se reunir novamente para voltar ao local onde o bicho teria aparecido.

Na cidade que tem pouco mais de 15 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o assunto é o mais comentado. No comércio, nas redes sociais, nas rodas de amigos todo mundo fala sobre a suposta aparição do lobisomem.

Outro caso
O aposentado Luiz Carlos de Quadros, de 62 anos, garantiu que ficou frente a frente com o bicho por pelo menos duas vezes. Na mais recente, ele estava voltando para o sítio onde mora. Quando chegou à saída da cidade, foi cercado por uma fera peluda, corpo estranho, orelhas grandes e focinhos cumpridos, segundo ele.

“Na hora que eu vi eu pulei da bicicleta, ele deu uma rosnada muito forte e eu fiquei sem reação, mas ele foi embora. Depois eu senti muito medo, porque eu tenho certeza que era um lobisomem”, afirmou Quadros.

NASA anuncia a descoberta de 7 novos exoplanetas do tamanho da Terra, 3 deles em zona habitável


Esta é a primeira vez que 7 planetas do tamanho da Terra são encontrados de uma vez só.

Desses 7 planetas, 3 orbitam na zona habitável de sua estrela, o que significa que a água pode existir no estado líquido. Esses planetas são: Trappist 1e, 1f e 1g.

O exoplaneta 1g é 13% maior do que a Terra, enquanto os outros dois (e, f) tem aproximadamente o mesmo tamanho.

O telescópio Spitzer, que descobriu os planetas, tem estado em serviço por 14 anos e foi recalibrado para procurar por exoplanetas.

Os astrônomos estimam que em cinco anos poderão dizer que tipo de atmosfera esses planetas possuem.

Os sete exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) têm um tamanho e uma massa aproximados ao da Terra e orbitam uma estrela anã extremamente fria, a TRAPPIST-1, localizada a cerca de 39 anos-luz do Sol, revela o estudo da equipa, divulgado hoje pela revista científica “Nature”.

Apesar de a estrela ser ‘ultrafria’, o estudo sugere que em seis dos planetas extrassolares potencialmente habitáveis, os que estão mais perto da TRAPPIST-1, a temperatura à superfície pode oscilar entre os 0ºC e os 100ºC.

O grupo de cientistas estima que estes seis planetas sejam rochosos como a Terra.

A investigação surge na continuidade de uma outra, em que a equipa de astrónomos, liderada por Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica, concluiu haver três exoplanetas em torno da estrela anã, mais pequena do que o Sol.

Motivado pela descoberta, anunciada em maio, o grupo, do qual faz parte Catarina Fernandes, encetou uma campanha de monitorização fotométrica (medição da luz) da estrela, a partir de telescópios espaciais, como o Spitzer, e terrestres, que permitiu identificar mais quatro exoplanetas no sistema estelar TRAPPIST-1.

No trabalho agora publicado, e que levou a agência espacial norte-americana NASA, que opera o telescópio Spitzer, a convocar uma conferência de imprensa para hoje, Michaël Gillon e colegas ressalvam que são necessárias mais observações para caraterizar em pormenor os planetas, em particular o sétimo, o mais afastado da estrela e cujo período orbital e interação com os restantes planetas continua a ser um mistério.

A estrela anã deve o seu nome ao telescópio belga TRAPPIST, instalado no Chile.

Em agosto, uma outra equipa internacional de investigadores, liderada pelo astrónomo Guillem Anglada-Escudé, da universidade britânica Queen Mary, anunciou a descoberta de um planeta extrassolar a orbitar a estrela mais perto do Sol, a Próxima de Centauro, uma anã vermelha relativamente fria localizada a 4,22 anos-luz da Terra.

De acordo com o grupo de cientistas, o planeta em causa, o mais próximo da Terra, o Próxima b, tem uma temperatura adequada para ter água líquida à sua superfície, pelo menos nas regiões mais quentes, e eventualmente vida tal como se conhece.

Ao contrário dos exoplanetas do estudo hoje divulgado, o Próxima b tem uma massa 1,3 vezes superior à da Terra. O clima do Próxima b é igualmente muito diferente do do ‘planeta azul’, sendo pouco provável que tenha estações devido à sua rotação e à forte radiação emitida pela sua estrela.