De uma coisa podemos ter certeza: enquanto houver telescópios observando o céu noturno, sempre estaremos encontrando algo novo
Um novo objeto foi descoberto recentemente no Sistema Solar, e ele está se comportando de maneira muito estranha...
O novo objeto trans-netuniano já tem até nome: Niku. E seu tamanho é relativamente pequeno, de apenas cerca de 200 km de diâmetro. Mas não é seu tamanho que está chamando a atenção da comunidade científica.
Praticamente todos os corpos do Sistema Solar se comportam da mesma maneira, e tudo é muito plano por aqui, com todos os planetas se movendo no mesmo sentido, mas esse não é o caso de Niku...
De acordo com a revista New Scientist, o novo objeto tem uma inclinação de 110 graus com relação ao restante do Sistema Solar, e se desloca no sentido oposto de todos os outros corpos que conhecemos, como um carro na contra-mão. Além disso, ele pode não estar sozinho. Evidências preliminares apontam que o estranho objeto viaja em grupo.
"Seria necessário um mecanismo desconhecido para explicar essa concentração de objetos", escreveu a equipe de pesquisadores do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, no estudo publicado no arXiv.
O estudo diz ainda que Niku, ao se observado da Terra, se mostra 160.000 menos brilhante do que Netuno, e foi visto por 22 vezes. Várias teorias estão surgindo para tentar explicar a estranha órbita de Niku e de seus possíveis companheiros, até mesmo algumas bastante incomuns, que vão desde "planetas escondidos" a "estrelas invisíveis", mas nenhuma delas é conclusiva. O que os cientistas sugerem, e que até o momento seria a teoria mais bem aceita, diz que tanto Niku quanto outros objetos com órbitas estranhas podem na verdade estar sendo influenciados pelo famoso "nono planeta", que apesar de nunca ter sido observado diretamente, parece mesmo existir.
"Isso sugere que há mais coisas acontecendo no Sistema Solar exterior do que aquilo que conhecemos", disse o astrofísico Matthew Holman, parte da equipe que descobriu Niku. E o mais interessante é que a cada objeto descoberto, a cada nova revelação, mais chegamos perto de entender o que de fato está acontecendo na periferia do Sistema Solar.
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